Pombas-Giras - Ciganas e Exús: Sete Saias- Caveira- Padilha e outros.

                                                       
Para os filhos, que ela trata com absoluto respeito, amor e carinho, Sete Saias é, Mãe! Acreditem! É a mais doce das mães carnais, que qualquer filho poderia ter, se comparado a uma.
Conselheira, terapeuta, psicóloga, amiga e mãe. Estas descrições talvez consigam permear o todo, chamado Sete Saias. Os hábitos comuns de uma pomba-gira em terra, são ultrapassados por ela. O que se sente quando ela está no plano terreno é paz! Uma segurança incomensurável, uma doçura debochada como a de uma menina mulher.
Ela é absolutamente fiel ao que cumpre, ao que acredita, e a tudo aquilo que busca na Terra. Fala o que precisa ser dito! É objetiva nos conselhos que dá e goza de uma paixão pela vida que nos ensina o quanto vale a pena viver como humanos, a cada encontro.
Sete Saias não se faz maior ou menor, não rebaixa ninguém, nem valoriza além do que nos cabe. Ela é verdadeira no que faz, no que sente e na forma como se relaciona com seus filhos e clientes. Para todos é sempre a mesma. Não há distinção, partidarismo ou preconceito. É mestra por natureza e humilde, sobretudo quando questionada e não tem resposta certa, vai buscar. Aluna incessante da faculdade da vida, um espelho para refletimos sobre nosso crescimento espiritual, sobre quem somos e o que estamos fazendo de nossas vidas. É impossivel não se apaixonar por ela, porque no fundo, todos nós seres humanos buscamos a serenidade e a verdade nas nossas relações interpessoais e isto ela esbanja. Perpicaz, audaciosa, e espontânia, ela é ela, mesmo que isto desagrade às convenções. Seu olhar firme, energia que transborda alegria e amor, um contato que todos deveria fazer, pelo menos uma vez na vida.
"Conhecer Sete Saias é descobrir-se um pouco mais, afinal, seu trabalho é este"
                   
Sete Saias
  Esta é uma das entidades mais conhecidas e queridas dentro da Umbanda e Povo do Oriente, é a cigana Sete Saias. Muitos médiuns e chefes de terreiros por falta de informação não costumam apresentar esta maravilhosa entidade com a sua verdadeira origem cigana, fazendo desta linda gira uma pomba-gira de encruzilhada. A Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a ela que as moças recorrem quando desesperadas por falta de amor. “A lenda conta que a Cigana Sete Saias foi apaixonada por um moço “não cigano” o que seus pais não aceitavam... e proibida de viver este amor parou de comer até vir a falecer. Quando seu corpo estava sendo preparado para velar, sua mãe trouxe suas sete saias favoritas e colocou a seus pés para poder rodar e jogar cartas nos caminhos do astral superior. A moça chegando as astral, foi recebida por Santa Sara a qual a designou a proteger e ajudar todas as moças que choravam por seus amores proibidos e impossíveis... É a esta entidade poderosa que as mais serias mandingas de amor são realizadas... e há quem diga que o que a Cigana Sete Saias Une... Ninguém separa.

               


   "Visão de Neide Santos a qual trabalha ha 35 anos com a Sete Saias" 

Doce poesia, num "reconhecimento" total de mim. Meu porto seguro, colo e força, um paradoxo!
Energia que me faz transmutar, vencer meus próprios limites, percorrer os espaços que eu mesma desconhecia em mim. O encontro com a "velha amiga", é a sensação mais gostosa, íntima e plena que posso sentir, no que tange o Plano Espiritual.
Ela é a certeza de que a vida transpõe espaços físicos e do quanto sou apenas uma partícula da grande obra divina; mas é, também, o espelho que reflete a mim mesma, o quanto sou única, capaz e infinita. Doce limiar entre este e o mundo que não vejo; a resposta coerente para as tantas dúvidas que soavam descontentes em mim. Minha metade que brinca de ser menina, que pisa nas poças d´águas fazendo festa e o olhar certeiro de mulher guerreira que não hesita ao perceber o alvo. Tradução da espiritualidade que sou e busco, brilho de luz em noite sem luar; sopro do vento de Iansã e a deliciosa meiguice do colo farto de Oxum, mãe de nós.
Ela é o gosto promissor da nova era, a chama da evolução que acredito para os homens; um elo entre aquilo que fui, o que sou e todas as minhas aspirações.
Sagrada legenda da minha ideologia; coragem e bravura a luz dos meus dias. Sete Saias, é a possibilidade! Um conjunto infinito de razões para se compreender a "nova espiritualidade". Ela é a ponte entre todos os povos, raças e cores; a verdadeira face de todos os amores; o desafio certo para quem, como eu, exerce o ofício de viver, além dos rótulos, além dos credos, além dos mitos.
"Sete Saias é a percepção, a revelação, a sensibilidade e o entendimento. Um terno balanço de barco a ninar um rebento; acalanto de sol, dourando a pele, reflexo do meu próprio rosto nas águas infinitas dos rios de minha Mãe Oxum" .

Punhal das Ciganas
Cigana Sete Saias
                                                                 
Punhal Cigano



                                                  
                                                                                                                                                                       
"Águia voa alto, mas com as asas cortadas não passa de uma galinha grande".
                                                                                                                      (provérbio Cigano)




 EXÚ

 Caveira

Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho. Fui aceito pelo Divino Trono Mehor-yê e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando vazão ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.

Fui senhor de um povoado que habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificada, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre minha futura família, até porque se tratava do meu primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para contê-lo. Simplesmente e enquanto houve vida em mim, eu matei um por um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.

Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra, soterrado pela areia, tamanha foi à fúria da tempestade. De repente o que era rio virou areia e o que areia virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. Sem perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei que se organizaram em uma trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio que semeei.

Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível. Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum homem em parte alguma poderia ter. Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava bruscamente as mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era de ódio e destruição completa. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina ou religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar o faraó.

Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro ferem, com ferro será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.

Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao quais os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas das religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência. Este sim é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue jorrava-me fez recordar-me de todas as minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se transformou de repente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e chorando, vendo todo aquele horror.

Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou em si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no fundo. O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo, pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser choro e ranger de dentes. Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste episódio triste de minha vida espiritual.

Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas forças.
Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que então, depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado. Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a um guerreiro, não menos cruel do que fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me intimamente. Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim mesmo. “–Cale-se e aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu.”- Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo.

Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu corpo se refez e eu pude levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes. Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa negra lhe cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto.

– Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verá a mim, porque aqui todos são iguais.

Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saía e eu olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.

- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida. Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.

- Posso saber seu nome, nobre senhor?

- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora se cale, vamos ao nosso primeiro trabalho.

- Esta bem.

Segui o homem. Ele de cavalo e eu corríamos a atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os degraus daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores. Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.

Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu. Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono de Mehor-yê, assumindo as responsabilidades que todo Exu deve assumir se quiser ser Exu.

- Amor a Deus e às suas leis;

- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;

- Fidelidade acima de tudo;

- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;

- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;

E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os Exus.

A princípio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia.
Mas logo me surgiu a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote do meu povoado, lembram-se? Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o Divino Omulu e com O Senhor Ogum Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião de meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange. Assim assumi a esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o Babalorixá, em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalawo era minha ex-esposa e estava prometida ao seu antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-mulher deu a luz a vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia. Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros.

Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era a lei e ela deveria ser cumprida.

Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: “Todos os guardiões devem se preparar, novos assentamentos será necessário, uma nova religião iria nascer o que para nós era em breve, pois não sei se perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do Sagrado Omulu-yê e então pude assumir meu trono, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no em cima, feito meritoriamente alcançado, devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem".

Hoje, aqui de meu trono no embaixo, comando a falange dos Exus Caveira e somente após muitos e muitos anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o Grande Senhor Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com Exu Tatá Caveira, os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes.

Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga, porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas, mas não se esqueçam que há sete mistérios dentro da geração, principalmente a Lei Maior, que comanda todos os mistérios de qualquer Exu. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu Caveira atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e impiedosas do Grande Lúcifer-Yê, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios.
De qualquer maneira, o amor impera sim, o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião e ofereça velas pretas, vermelhas e roxas, farofa de pinga com miúdos de boi. Acenda de um a sete charutos, sempre em números ímpares e aguardente. De acordo com o número de velas, acendem-se sete velas, assente sete copos e sete charutos, assim por diante. Agrupe sempre as velas da mesma cor juntas e forme um triângulo com o vórtice voltado para si, as velas roxas no vórtice, as pretas à esquerda e as vermelhas à direita, simbolizando a sua fidelidade e companheirismo para conosco, pois Exu Caveira abomina traição e infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é então condenado a viver sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos os Exus Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.

A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, que é o pai de todos os Exus assentados à esquerda do Divino Omulu, os demais, não posso citar falo apenas do meu mistério, pois dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado, quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Um último detalhe a ser revelado é que todos os que têm Exu Caveira como Exu de trabalho ou protetor, é porque em algum momento do passado, pecaram contra a criação ou à geração e ambos, protetores e protegido tem alguma correlação com estes atos errôneos de vidas anteriores.

Tenham certeza, se seguirem corretamente as orientações, com trabalho e disciplina, o mesmo que sucedeu com meu antigo e grande Sumo Sacerdote, sucederá com vocês também, porque este é o nosso desejo. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido, ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras esferas.






“Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de dias melhores”.


Com carinho

  Exu Caveira.


Rosa Caveira

                                         



Esta entidade que acompanha o Exu Caveira, trabalha na linha dos cemitérios e por lá tem muito prestigio! quando alguém quiser ofertar esta pomba-gira, não esqueça do marafo do Seu Caveira, pois caso contrário ele não irá deixar ela te receber. Recebe suas oferendas nos portões ou no segundo cruzeiro do cemitério. Suas velas são pretas e brancas e sua oferenda leva bolinhos de carne moída crua, com pimenta , sal e dendê. Adora rosas e perfumes e trabalha para o que você quiser! Cuidado para não fazer o mal a ninguém, pois ele sempre voltará a você! Entregue seus problemas a Rosa Caveira, pois saberá como resolvê-los sem atrapalhar ninguém!


Exú Caveira
O que sei sobre o Seu Caveira é fruto do que ele mesmo ensinou e falou, coisa simples pois ele também não acredita ser necessária uma decodificação da Quimbanda, é preciso sim crer, ter fé. Exu Caveira é uma entidade nomeada por Oxalá, quando da criação da vida humana na Terra, para cuidar do desencarne. É uma entidade incriada como todos os espíritos, porém sua consciência é anterior a criação da Terra derivada das Águas Ancestrais, do Verbo Divino; é Ele uma espécie de 'carrasco chefe' no plano terreno e policial no plano astral do campo da escuridão, da esquerda; responsável por ceifar a vida terrena, do indivíduo, no momento certo, entre outras tarefas, para as quais é imprescindível ajuda de toda sua falange que dizem eles ser formada pelos Exus:






Tata Caveira, Pemba, Brasa, Carangola, Pagão, Arranca Toco, Exu do Lodo e Pomba Gira Rainha do Cemitério. Devido ao respeito mostrado por outros Exus ao Seu Caveira, durante a Gira, chamando-o de 'chefe' tenho opinião de que a falange é bem maior somando o total de 49 Exus, isso não deve ter muita importância no entendimento sobre o tema pois uma decodificação, creio, é sempre prematura tendo em vista que o desenvolvimento espiritual e a Lei do Karma, são eternos, e isso também vale na esfera dos Exus... no campo da fé só é preciso acreditar.Exu Caveira, dizem alguns, é um desdobramento do próprio Sr. Omolu que assume a forma de Exu Caveira para trabalhar mais ativamente nas Giras de Quimbanda. É, digamos assim, o braço direito deste Orixá. Também existe quem fale que os Senhores João Caveira, Tata Caveira, Exu Caveira e Exu Caveirinha são a mesma entidade desdobrando-se ou mesmo apresentando-se cada vez com um destes quatro nomes, coisa que acho difícil pois o trabalho nas Giras de Quimbanda tem mostrado por diversas vezes os quatro incorporados em um mesmo trabalho, com personalidades parecidas porém características próprias, individuais de cada um, tenho certeza que os 4 existem de fato como entidades distintas; porém talvez tenham mesmo se originado num desdobramento ocorrido num passado distante, anterior a própria criação, não tenho dúvidas de que Seu Caveirinha e Seu João Caveira pertencem a mesma falange, teoria esta que desmente as decodificações anteriores baseadas nas falanges de divindades pagãs e descrições do Grimorium Verum isso apesar de em muitas vezes o sincretismo indicar e descrever também, de fato, características próprias destes espíritos.
Pelo que foi dito pelo Seu Caveira ele encarnou na Terra, em forma humana, pela 1ª vez há pouco mais de 30.000 anos: "Quando encarnei pela primeira vez na Terra, há mais de 30.000 anos, estava tudo desolado e tive que me alimentar de um óleo que brotava do chão para sobreviver" disse ele explicando porque tem costume de beber azeite de dendê. Em todas as suas encarnações sofreu o como sofrem os seres
 humanos comuns para poder alcançar um grau maior de evolução sei que por escolha própria, apesar de gostar de riqueza nunca foi um nobre muito endinheirado ou teve alguma posição de grande destaque na sociedade, optando sempre por levar a vida simplesmente, sem apegar-se a luxos terrenos, sem fixar residência num mesmo lugar durante toda a vida e praticando até um relativo isolamento. Um fato curioso que vem sendo amplamente divulgado pelos próprios Caveiras é que
uma vez encarnaram todos juntos, me parece que num total de 49 pessoas, no antigo Egito e fizeram parte de uma mesma seita aonde Seu Tata era o sacerdote, por praticarem o moteísmo foram todos condenados a serem queimados vivos, fato este que acredito ter realmente acontecido; creio que a encarnação e reencarnação destas entidades na Terra, partindo desta e passando pelo Brasil colonial aonde encarnaram como senhores de engenho, fazendeiros, barões e feitores de escravos (o que explica o fato de terem por Lei de obedecer aos Pretos e Pretas Velhas para trabalhar no Terreiro) teve relação direta com o fato de hoje eles trabalharem na Lei de Umbanda através da Quimbanda.

Exu Caveira, juntamente com Seu Tata Caveira, são responsáveis diretos pela administração do vício na Terra, na maior parte vicio em drogas pesadas que alteram a percepção e causam dependência física e ou psíquica, incluindo álcool e cigarros, eles podem também facilmente influir na sanidade corporal e psíquica das pessoas tirando ou dando lucidez e ou saúde física, claro que sempre de acordo com o merecimento, Karma, da pessoa que sofre sua influência ou de sua falange. Exu não pode simplesmente fazer mal a um inocente por isso a importância de se levar uma vida correta. O vício é usado como ferramenta de trabalho por Exu no dever de fazer cumprir o Karma, ou mesmo como provação. O livre arbítrio nos da o poder da decisão, podemos escolher formas mais brandas de cumprir nosso Karma e de cuidar de nossa evolução e para isso podemos contar com a proteção de Exu contra estes perigos e armadilhas aonde ele é o mestre.

A falange dos Caveira mexe profundamente com o nosso conjunto dos processos psíquicos conscientes e inconscientes devido ao grande medo da morte que trazemos, dentro da maioria de nós, enquanto
encarnados. Por termos também impressos em nossa psique serem estas entidades responsáveis diretos pelo desencarne, nada mais justo que lhes prestarmos o devido respeito evitando assim qualquer espécie de distúrbio no campo que lhes pertence.

Os Terreiros tradicionais, do início do século passado, têm grande receio em invocar esta entidade e só o fazem quando a coisa fica pesada mesmo, quando acontece algo que eles não compreendem ou mesmo não sabem como lidar ai chamam Exu, já vi e ouvi até dizerem este poderoso Exu é louco, intrigueiro e irresponsável, coisa que a mim, com todo respeito, parece ridícula pois isso se deve ao único fato destas tendas ignorarem uma boa Gira de Quimbanda por crenças de falsas morais que já não nos servem mais nos dias de hoje.

Exu Caveira e sua falange tem em especial grande poder para favorecer a qualquer espécie de especulação ensinando todas as táticas e artimanhas da guerra, tendo em vista a vitória sobre os inimigos, é encarregado de vigiar a entrada para cemitérios ou qualquer lugar aonde hajam pessoas enterradas, seu poder é tal que muitas vezes incutem medo nos que o invocam. Não existe trabalho ou despacho a ser realizado em um cemitério sem a presença de Exu Caveira. Com todo este poder devemos mesmo ter muito cuidado ao tentar manipular estas energias pois em caso de erro, e errar é humano, os prejudicados seremos nós mesmos.

Seu Caveira apresenta-se na maioria das vezes como uma caveira, de altura respeitável, vestida de preto e trazendo na mão alguma arma, sendo mais comuns: a foice, o tridente, a espada, o gládio, elmo e escudo, depende a ocasião ele pode aparecer com a cabeça coberta, mostrando a caveira, ou não, pode-se
identificá-lo pelas mãos que parecem grandes garras devido ao tamanho das unhas e dedos que assumem forma de garra pela aparente ausência de tecido. Sua cor é o preto mas não raro usa também velas, ponteiros e pemba vermelha e ou branca. Quando usa só pemba preta ou risca um caixão em seu ponto ele está trabalhando com magia negra, quando usa 9 velas pretas geralmente é Vodu.

É sincretizado com a divindade pagã conhecida, em sânscrito, por Sergulath, e sua falange, pela ordem: Próculo, Haristum, Brulefer, Pentagnony, Aglassis, Sidragosam, Minoson e Bucon, perfazendo um total de nove, número este o preferido de Exu Caveira e por ele utilizado na magia. Também podemos encontrar outros sincretismos de Exu Caveira através dos cultos e épocas. Do sincretismo com a divindade pagã é que vem a estatueta 'demoníaca' de Exu Caveira encontrada em casas de artigos religiosos, acredito que pode ele realmente assumir esta forma digamos assim 'horrenda' ou até mesmo mais assustadora para trabalhar nas esferas abissais ou no limbo (inferno).

Desde que se propôs, juntamente com outros Exus, a trabalhar em conjunto com a Umbanda, exatamente na época de sua divulgação em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, no início do século passado, é cada vez mais raro ver este Exu, incorporado fora de Terreiros que saraivem às 7 Linhas da Umbanda e 7 Linhas da Quimbanda equilibradamente e na pratica da caridade porém, mesmo que mais raramente, ele continua presente em atividade também em diversos cultos com maior destaque para a Santeira, o Vodu, as Macumbas, o Candomblé e Batuques, cultos aonde tem sempre aparelhos disponíveis para incorporação caso seja invocado.
Deve-se alertar para o fato de existirem espíritos mal

intencionados que tentam passar-se por Exu Caveira; por este ter onipresença e grande poder nas Trevas, estes zombeteiros usam seu nome na presença dos incautos prometendo cometer barbaridades em troca de alguns patacos e oferendas; no plano espiritual também existem vigaristas que procuram semelhantes na Terra, Exu Caveira está presente para colocar estes charlatões em seus devidos lugares.Tenha certeza, Seu Caveira é um Exu bastante antigo, amigo e companheiro. Quando é de nosso merecimento é mais do que irmão; mas deve-se cuidar para digamos assim 'não sair da linha' porque ele pode se tornar um verdadeiro tormento aos que com ele não souberem tratar, devemos lembrar de que ele é o carrasco que nos visitará no segundo fatal.

O poderoso Exu Caveira, O Rei das Catacumbas do Inferno, é sempre merecedor de grande respeito por parte
daqueles que o invocam.





Exu Caveira
Exu Caveira, foi nomeado por Deus (Jesus), quando da criação humana na Terra, para cuidar do desencarne. Da mesma forma que todo espírito, inclusive o meu, o seu, é uma criação, é uma recriação, sempre existiu; entretanto sua consciência é mais antiga que a da maioria dos habitantes desta esfera,anterior a criação da Terra. Seu Caveira habitava as Águas Ancestrais, das quais Deus criou tudo o que vemos e parte do que não vemos.
Para melhor entendimento faço analogia:
Exu Caveira é como um carrasco na Terra é um policial de alta patente no plano Astral. Um Exu lavrador do campo da escuridão, da esquerda; responsável por ceifar a vida terrena, do individuo, no momento certo. Mas não tenha medo, isso porque ele também cuida da vida; ninguém faz hora extra na terra mas o desencarne prematuro existe. Exu entra aí, cuidando dos seus protegidos para que não façam uso indevido de seu livre arbítrio de forma a abreviar sua existência.

 Caveira, teve encarnações como: Caçador, Pajé, Bruxo, Adivinho, Mago, Profeta, Sacerdote, Padre Inquisidor, Xamã, Monge, Senhor de Engenho, Navegador e Jesuíta e outros.

"Exu Caveira, juntamente com seu Tata Caveira é responsável pela administração dos vícios, como objeto de pena Kármica.
O vício é usado como ferramenta de trabalho por Exu, no dever de fazer cumprir o Karma, ou como Provação".

“Entretanto o Livre Arbítrio nos dá o poder da decisão”.
 De repente, começa a avaliar como tem sido a vida, pois em certos períodos muita gente pára, e faz uma espécie de balanço da vida. Nesses momentos de íntima reflexão acabamos não encontrando explicação do porque de certas escolhas feitas por nós ao longo da vida. Muito provavelmente hoje diante da mesma situação, buscaríamos alternativas diferentes. Poderíamos dizer que estamos em constante mutação e o estímulo é exatamente nossa experiência de vida, mas é aí que mora o perigo.
"Quando vieram para cá integrar essa natureza, trouxe escrito na alma todas as respostas possíveis de serem compreendidas". Bastaria estar em total sintonia com a natureza Criadora para que pudesse instintivamente viver a vida terrena em sua plenitude. O que nos difere de todos os outros seres viventes, é exatamente nossa inteligência e capacidade de escolha, é nesse momento que todas as emoções passam a valer mais que nosso instinto. Durante toda vida cometemos muitos equívocos, mas cá entre nós, em todos esses momentos de tomada de decisão, nosso instinto sabia exatamente o correto a fazer, mas nós temos o poder da escolha.
Um dia estaremos sentado frente à janela molhada pela chuva, e o pensamento viajará pelo passado, e ficaremos imaginando como teria sido a vida se nossas escolhas e atitudes não fossem aquelas do tempo. A garganta irá parecer sufocar diante do arrependimento repentino e inexplicável. Será como se nosso instinto estivesse nos cobrando por algo que deixamos de fazer e desconhecemos. Iremos então ler o diário de toda vida vivida, mas não compreenderemos muita coisa, e talvez não reconheçamos mais nossa própria letra, afinal quem escreveu no meu diário?
 

Pomba - Gira Maria Padilha
                                    
França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezesete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D''areaux.
Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão o que acabou acontecendo uma gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha Ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastou, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado.
Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação. Sairiam a noite levando consigo apenas a Ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três.
 Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo.
A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha Ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. - Minha filha, solte essa arma! - assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o Tiro acertou Antoine bem no coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer.
Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas; a de Jean e da Ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça.
Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas, encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha.
Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante.
             NOMES CONHECIDOS.
*FALANGE: de Pombas-Giras, Ciganas e outras

Maria Padilha , Maria Padilha das Almas, Maria Padilha do Cruzeiro, Maria Padilha da Encruzilhada, Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, Maria Padilha do Cabaré, Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha, Rainha Maria Padilha, Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas, Maria Padilha Rainha do Cruzeiro, Maria Padilha do Cemitério, Maria Padilha da Calunga, Maria Padilha da Praia, Maria Padilha das Portas do Cabaré, Maria Padilha das Sete Catacumbas, Maria Padilha das Rosas, Maria Padilha dos Sete Cruzeiros, Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga

*FALANGE MARIA MULAMBO – HIERARQUIAS:

Maria Mulambo, Maria Mulambo da Estrada, Maria Mulambo do Cruzeiro, Maria Mulambo do Cruzeiro das Almas, Maria Mulambo da Encruzilhada, Maria Mulambo das Sete Encruzilhadas, Maria Mulambo dos Sete Cruzeiros, Maria Mulambo do Cabaré, Maria Mulambo dos Sete Punhais, Maria Mulambo dos Sete Portais, Maria Mulambo das Almas, Maria Mulambo da Calunga, Maria Mulambo do Lodo, Maria Mulambo das Rosas, Maria Mulambo dos Sete Véus.
*ROSA CAVEIRA – HIERARQUIA
  *FALANGES DIVERSAS:

Maria Quitéria, Maria Rosa, Maria Eulália, Maria Navalha ou Maria Navalhada, Maria da Praia, Maria das Almas, Maria da Estrada, Maria Sete Catacumbas, Maria Sete Covas, Maria do Caís, Maria do Cabaré, Maria Baiana, Maria Alagoana, Maria Cigana, Maria Rita, Maria Dolores, Maria Sete Saias, Maria Sete Ondas, Maria Sete Véus, Maria Morena, Maria Bonita, Maria Sete Rosas, Maria Sete Encruzilhadas, Maria de Minas, Maria Sete Navalhas, Maria Sete Punhais, Rosa Negra, Rosa das Almas, Rosa da Noite. 

Rosa Maria, Rosa dos Ventos, Rosa Menina, Rosa Morena, Rosa da Madrugada, Rosa do Cabaré, Rosa da Encruzilhada, Rosa da Calunga, Rosa Vermelha, Rosa Vermelha do Cabaré, Rosa Vermelha da Encruzilhada, Rosa vermelha da Calunga, Rosa Vermelha da Estrada, Rosa Vermelha das Sete Encruzilhadas, Rosa Vermelha do Cruzeiro, RosaVermelha do Cruzeiro das Almas, Rosa do Lodo, Sete Saias, Sete Saias do Cabaré, Sete Saias da Encruzilhada, Sete Saias das Sete Encruzilhadas, Sete Saias da Estrada, Sete Saias do Cruzeiro.


Rainha Sete Saias, Sete Ondas, Sete Véus, Sete Rosas, Sete Rosas da Calunga, Sete Rosas do Cruzeiro, Sete Rosas do Cruzeiro das Almas, Sete Coroas, Sete Tridentes, Sete Canoas, Sete Punhais,Pomba Gira Sete Encruzilhadas, Pomba Gira Sete Estrelas, Sete Calungas, Sete Catacumbas, Pomba Gira Sete Luas, Sete Mares, Sete Porteiras, Sete Capas, Sete Navalhas, Sete Chaves, Sete Cruzes, Sete Pembas, Sete Ventanias, Pomba Gira da Figueira, Pomba Gira Dama da Noite, Pomba Gira Dama das Sete Capas, Pomba Gira Giramundo, Pomba Gira Menina, Pomba Gira Menina da Praia, Pomba Gira Menina da Calunga, Pomba Gira Menina do Cruzeiro, Pomba Gira Menina do Cruzeiro das Almas, Pomba Gira Menina Cigana, Pomba Gira Menina da Encruzilhada, Pomba Gira Menina do Cabaré, Pomba Gira Menina da Estrada, Pomba Gira Mirim, Pomba Gira da Praia, Pomba Gira do Lodo, Pomba Gira das Rosas, Pomba Gira dos Ventos, Pomba Gira das lagoas, Pomba Gira da Lira, Pomba Gira do Reino da Lira, Pomba Gira das Sete Lira.


                                                             Guardiã de Maria Padilha




A Pomba-Gira é um Exu-fêmea. Tal como os Exú, as Pombas-Gira são espíritos em evolução, que já viveram entre os humanos, e que aprendem sobre a vida através de nossa própria vida, enquanto aguardam a sua vez de reencarnar. Os espíritos mais evoluídos são chamados por outro nome. Assim a Pomba-Gira passa a ser chamada de Lebará.
Zaira Male era uma bruxa, que fundou a sociedade “Mulheres de Cabaré Damas da Noite”, local onde as mulheres da “noite” se reuniam, recebiam os homens a quem davam prazer, mas não só. Esse local permitia-lhes reunir-se para aprender a magia, encantos e feitiços, para conseguir obter dos homens tudo o que queriam.
Zaira Male transmitiu ás suas aprendizes o culto ás outras que morressem. Assim nasceu o culto da Pomba-Gira. As antigas, as anciãs incorporavam no corpo das mulheres novas com capacidades mediúnicas para as receber, e transmitir as suas mensagens. Essas mensagens podem ser das mais variadas, no entanto o objetivo principal é o conhecimento da magia e dos encantamentos, que permitirá ás mulheres saber como conquistar o homem amado.
As Pombas-Gira são Exú fêmeas ligadas á sexualidade e á magia, tendo várias áreas de domínio: amor, sexo, sentimentos.
As Pombas-Gira têm um nome cabalístico: KLÉPOTH.
E cada uma atende por um nome diferente: Rainha das 7 Catacumbas, Maria Padilha…
  Maria Padilha é uma das principais entidades da Umbanda e do Candomblé, da linha da esquerda, sendo também conhecida por Dona Maria Padilha, e considerada a Rainha das Pombas-Gira. É a Rainha do Reino da Lira, Rainha das Maria.
 
É a mulher de Exu Rei das 7 Liras, ou Exu Lúcifer, como é conhecido nas Quimbandas.
  Ela é vista como o espírito de uma mulher muito bonita e sedutora, que em vida teria sido uma fina prostituta ou cortesã influente.
Maria Padilha é uma Pomba-Gira poderosa capaz de auxiliar em problemas de amor, saúde, afastar indesejáveis, desmanchar feitiços.
As mulheres que trabalham com esta entidade têm uma personalidade muito forte e são geralmente extremamente sensuais e atraentes.
Amam como ninguém, mas se forem traídas facilmente odeiam seus parceiros amorosos.
Maria Padilha é a protetora das prostitutas. Gosta do luxo e do sexo. Suas roupas são geralmente vermelhas e pretas, usa uma rosa nos seus longos cabelos negros. É uma Pomba-Gira que gosta de festas e dança.
Os seus dons: encantamento de amor, amarração.
As suas oferendas são: cigarros, champanhe, rosas vermelhas em número ímpar, jóias, cosméticos, espelhos, mel, licor de anis.
Os seus trabalhos são: geralmente despachados em encruzilhadas em “T”.
Os sacrifícios a oferecer-lhe: galinha vermelha, cabra, pata preta.
A saudação a Exú: Laroyê, Exu! (“Salve, Exu!”)

Maria Padilha, tem vários nomes:

Maria Padilha Rainha dos 7 Cruzeiros
Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas                
Maria Padilha Rainha dos Infernos
Maria Padilha Rainha das Almas
Maria Padilha das Portas do Cabaré
Maria Padilha Rainha das 7 Facas
Maria Padilha Rainha da Figueira…

"O maior segredo de pedir e obter para Maria Padilha está na fé e no respeito por ela".


"Oração de proteção a Maria Padilha"


São 12 horas em ponto e o sino já bateu.
Sei que nesta hora, pela força do vento a poeira vai subir, e com ela também subirá todo o mal que estiver no meu corpo, no meu caminho e na minha casa.
Tudo se afastará da minha vida. É com a força e Axé de Maria Padilha que meus caminhos, a partir deste momento, em que os ponteiros se separam, estarão livres de todos os males materiais e espirituais, pois a luz que clareia o caminho de Maria Padilha também há de clarear os meus caminhos, para isso estarei sempre na posse desta oração.